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DOUTORA ZILDA

Penso que a imensa maioria dos brasileiros não tem noção da perda que significa para o país a morte da médica Zilda Arns. Outras personalidades sempre foram muito mais conhecidas do que ela e, a todo o momento, recebem da mídia ampla cobertura de suas atividades. É só ver o quanto se falou ultimamente da doença da apresentadora de TV Hebe Camargo. Para se perceber a importância do trabalho da Dra. Zilda, basta citar apenas que, depois de que ela criou a Pastoral da Criança e seus métodos, a mortalidade infantil caiu de 127 óbitos em cada 1000 crianças nascidas vivas, para 28, segundo a revista Veja.  A mesma publicação, ao falar da Pastoral, utiliza expressões como “projeto singelo, barato, eficiente”, “medidas simples”, “com quase nada de dinheiro”, “baixo custo da ação”. O colunista Roberto Pompeu de Toledo menciona ausência de marqueteiros. Diz que o trabalho da Pastoral “não engendrou uma generosa burocracia, capaz de proporcionar bons e agradáveis empregos. Não ofereceu contratos milionários aos prestadores de serviço”. De minha parte, acrescento: nunca fez propaganda na mídia, nunca patrocinou nenhum programa de TV ou rádio. Nunca fez anúncios em jornais. É talvez por isso que outras pessoas, que pouco fazem de verdadeiramente útil para o seu semelhante, mas que sempre estão disponíveis para oferecer generosos patrocínios, sejam continuamente badaladas, muito mais do que mereceu em vida esta autêntica heroína brasileira. (fevereiro/2010)