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QUEM, DE FATO, MANDA

Segundo levantamento realizado pela revista Istoé (nº 2159, de 30.03.11), o congresso brasileiro (senado e câmara dos deputados), mais do que por partidos políticos, é dividido por grupos de interesse. Estes grupos atuam o tempo todo na defesa de vantagens para aqueles a quem representam, geralmente - e não por acaso - poderosos financiadores de campanha.

A maior bancada informal, de acordo com a revista, é a dos empresários, com 273 integrantes, comandada pelo senador Armando Monteiro. Depois vem a dos fazendeiros e agropecuaristas, com 160 parlamentares, à frente a senadora Kátia Abreu. A bancada que advoga os interesses dos trabalhadores, sindicalistas ou aposentados, possui 73 integrantes, chefiados pelos deputados Vicentinho e Paulo Pereira da Silva. As igrejas evangélicas ostentam 66 membros no Congresso Nacional, capitaneados pelo senador Marcelo Crivella e pelo deputado Anthony Garotinho. A menor bancada, com 8 integrantes, é a das instituições financeiras, liderada pelo Senador José Agripino Maia. No entanto, conforme a publicação, neste caso tamanho não é documento. O que resolve mesmo é a capacidade de mobilização. O bloco dos empresários, por exemplo, tem na desarticulação o seu ponto fraco. Já a “bancada da bola”, com apenas 9 componentes e que trabalha pelos interesses dos clubes de futebol e das federações, conseguiu aprovar uma importante alteração na Lei da Moralização do Futebol: os dirigentes não mais responderão com seu patrimônio pessoal no caso de endividamento das entidades que comandarem.

A verdade é que talvez esteja por aí a explicação para o fato de ser tão difícil modificar as coisas Brasil. Nosso país tem muitas fragilidades, assim como são muitos os que se beneficiam delas. Por isso, qualquer tentativa de mudanças sempre terá pela frente grandes resistências, na maior parte das vezes desenvolvidas nas sombras.   Fonte: http://www.istoe.com.br/reportagens/130292_PARA+QUEM+O+CONGRESSO+TRABALHA  (agosto/2011)