OBSERVADOR DA QUALIDADE

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TÉCNICAS DE VENDAS

 

Houve um período em que Apolônio era responsável por quatro carros, todos do mesmo fabricante. O dele, o da esposa e de dois de seus filhos, então estudantes. Era ele que tratava de tudo. Pagava o seguro e o IPVA de cada um. Cuidadoso, por qualquer probleminha levava os carros na concessionária autorizada, onde inclusive fazia as revisões regulares de todos os veículos.

Mas uma coisa intrigava Apolônio: nunca, ninguém daquela concessionária demonstrava ter notado o fato: uma pessoa física que, no fundo, era dono de quatro carros daquela marca. Não que Apolônio quisesse bajulação, até porque sempre foi avesso a lambidelas. Na verdade, apenas desejava, no máximo, um “obrigado pela preferência”. Mas ninguém, absolutamente ninguém da concessionária sequer mencionou o fato, nem que fosse só pra mostrar que tinham percebido a mais do que flagrante preferência do cliente. O que chamava a atenção é que quase todos lá tinham o seu “aquário”, os seus “clientes especiais”, geralmente amigos, parentes. Estes recebiam tratamento especial. Os outros eram tratados protocolarmente, inclusive Apolônio, “decisor” de quatro automóveis da marca e assíduo freqüentador da oficina. Talvez o achassem um chato. Outro aspecto que Apolônio estranhava era que quase nunca se via os donos lá. Somente os vendedores, mecânicos, gente do escritório. Um dos sócios de vez em quando aparecia, mas ficava trancado numa sala, lendo jornal. Às vezes até saia do seu casulo, mas pra falar com algum figurão. Os demais clientes eram olimpicamente ignorados.

Bem, o tempo passou, o mundo mudou. O que continua atual é o velho ditado: "o que engorda o boi é o olho do dono".

Apolônio trocou de marca de carro. Aquela concessionária, de uma montadora tradicional, que praticamente vendia por si mesma, continuou com as mesmas “estratégias” de venda.  E acabou fechando.

Mas alguém acha que o final poderia ser diferente?